quarta-feira, 27 de maio de 2015

Atualização 2015 05 27

Cotas: mais um argumento
      
No Brasil, século XIX, a proibição do acesso de negros à educação foi uma ação do Estado. Em Santa Catarina, as normativas da província, porém, não proibiam o ingresso dos negros livres, que oficialmente deveriam estar inclusos na obrigatoriedade do ensino, instituída em 1874. Mas, apenas a cor dos africanos e descendentes já poderia “induzir qualquer pessoa a tomá-los por escravos”.
Se o Estado foi capaz de negar o acesso ao estudo em determinada época, é justo que agora promova ações de reparação histórica.

Xenofobia


Assistindo a um documentário sobre a Praia do Rosa, Imbituba, fiquei pensativo com a fala de uma das entrevistadas. Ela, gaúcha de sotaque carregado - assim como a maior parte das pessoas que povoaram aquela região -, dizia “- Antigamente que era bom; não havia tanta gente como agora. Podíamos surfar com tranquilidade. Mas, fazer o quê, né?”. A fala dela denotava uma apropriação como se fosse alguém nascido e criado ali, e como se todos os que vieram depois fossem forasteiros, indignos de usufruir aquele espaço, promovedores da perda da tranquilidade local.
Da mesma forma, vejo a polêmica da chegada de Haitianos a Florianópolis. Quem hoje esbraveja contra não pode se esquecer de pesquisar sua árvore genealógica, o que certamente o levará a uma população de imigrantes. As exceções são para os Índios, que são os únicos nativos das terras brasileiras, e para negros e seus descendentes, pois estes não vieram como imigrantes; mas, sim, trazidos à força.
Os registros em livros de história e jornais de época não relatam descontentamento das pessoas que já moravam no Brasil quando da chegada de Italianos, Japoneses, Açorianos, Alemães, Árabes etc., ambos vindos em busca de uma melhor condição de vida, tal qual os Haitianos. Pelo contrário: há inúmeras festas que relembram a chegada daqueles imigrantes; são frequentemente temas de samba-enredo de grandes escolas do Rio de Janeiro e São Paulo; há cidades que parecem uma miniatura dos seus países de origem; há dias nacionais, estabelecidos em Leis, relativos a tais imigrações.
Em conversas com comerciantes locais e pessoas ligadas à prestação de serviços, ocorre a constatação da falta de mão de obra para atender as necessidades de suas empresas. Por que não preenchê-las com os novos imigrantes, já que os jovens moradores da região buscam outras qualificações e empregos?
Há até colunista social propagando erradamente que o Haiti fica no Continente Africano e sendo contra.
Desespero deflagrado pelo sofrimento, é o que se descobre com uma breve pesquisa para se entender o contexto da vinda dessas pessoas. Zilda Arns morreu no mesmo terremoto que devastou o Haiti, e, no mínimo em honra a ela, essa causa humanitária precisa de engajamento e compreensão; não de xenofobia.

Roda

      Na próxima quarta-feira (03/06), véspera de feriado, haverá roda em frente a Igreja de Santo Antônio de Lisboa. Será às 22h30.


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Atualização 2015 05 18

Cidadão Samba

O Carnaval de Florianópolis acaba de perder mais um de seus personagens ilustres, Jorge Luiz Arcênio. Ele ficou conhecido por ser um excelente passista e pelos malabarismos que fazia com o seu pandeiro. Esteve em Biguaçu se apresentando em um dos eventos anuais de graduação do Projeto Capoeira na Escola.
Luz!

Revisão de texto: Será que é amor?
Mestre Tuti - 2010.

A minha relação com a Capoeira é de amor. Está claro para mim. Mas não consigo, assim como o poeta Arlindo Cruz (abaixo), definir o que é o Amor. Apenas detecto quem sente algo semelhante, e quem, por outro lado, engana a si próprio. Essa capacidade de identificação - penso eu - se dá pela minha experiência na Capoeira: a um mês de completar vinte e seis anos de prática.
Definir não consigo, mas algumas coisas soam óbvias: quem ama supera as dificuldades; faz questão de estar junto por não conseguir ficar longe; estabelece uma via de mão dupla com o jogo, com o berimbau, com o suor da camisa no pós-roda; entende que toda aquela magia só acontece se fazendo presente, pois é consciente de ser um microuniverso, e, por isso, tão importante para o macrouniverso capoeirístico.
Egoisticamente, o que pensa amar a Capoeira se afasta e não tem problemas de auto-cobrança. Esquece-se do que disse Mestre Decânio: “A Capoeira parece um embate de corpos, mas é a junção dos corações”. Ou seja, nossos corações são necessários para o jogo.
Como dizia Mestre Pastinha ‘...o fim da Capoeira é inconcebível ao mais sábio dos Mestres...”, portanto, ninguém na Capoeira pode dizer que no meio do caminho tinha uma pedra; mas aqueles que chegaram a longas distâncias, certamente passaram por milhões de dificuldades e superaram todas. Caso contrário, seriam apenas mais um dos confortados por suas próprias desculpas.
E você, ama a Capoeira?!

... Disseram uma vez que o danado do Amor pode ser fatal; dor sem ter remédio pra curar. Disseram também que o Amor faz bem e que vence o mal. Até hoje ninguém conseguiu definir o que é o Amor...”

Fora das Drogas, Dentro da Roda

            No último sábado, o Instrutor Tarzan ministrou palestra sobre a importância de se manter longe das drogas lícitas e ilícitas. Na oportunidade, as crianças, jovens e adultos presentes puderam relatar suas experiências quando expostos aos convites de entrada ao mundo sem volta dos alucinógenos. A discussão objetiva a blindagem dos participantes por meio da consciência dos males a serem cobrados daqueles que optam pelo uso.

Informação sobre a roda/treino

A roda/treino da próxima sexta-feira será às 22h, no CAM, por motivo de cessão de espaço, das 20h30 às 22h, a uma competição de Karatê.

Arraiá da Capoeira

Vem aí a Festa Junina da Capoeira. Será no dia 12 de junho, sexta-feira, na Associação de Servidores Municipais de Biguaçu (Asmub), a partir de 19h. Será uma boa data para os namorados oferecerem uma maça do amor e um recadinho do coração a seu par.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Atualização 2015 05 11

Edital Elisabete Anderle

A Associação Cultural Capoeira na Escola foi contemplada no Edital Elisabete Anderle com o projeto: Simpósio Catarinense de Capoeira: Patrimônio Cultural da Humanidade.
Vem aí um grande evento.



10º Festival O Pulo do Gato

Em breve, postaremos as fotos e resultados.

Roda pelo Aniversário de Biguaçu

No próximo sábado, haverá roda em homenagem ao Aniversário do município de Biguaçu. Será às 14h30, na Praça Central.

13 de Maio

Houve um tempo em que alguns capoeiras cantavam -"Salve a Princesa Isabel que nos livrou do cativeiro..."
Ainda bem que esse tempo passou, e hoje quase todos sabem que a liberdade, mesmo que ainda não em sua plenitude, é conquista do próprio negro.