quinta-feira, 21 de junho de 2018

Atualização 2018 06 21


Nina Rodrigues e o absurdo do Racismo Científico
Por: Mestre Tuti.


            No Terreiro de Jesus, em Salvador, está situado o prédio em que funcionava a Faculdade de Medicina da Bahia. Ali, foi um local de desenvolvimento em território brasileiro das teorias proferidas por Cesare Lombroso, psiquiatra italiano que acreditava que a capacidade e probabilidade de cometer crimes estava associada à origem étnica da pessoa. Entre seus seguidores estava Raimundo Nina Rodrigues, médico maranhense radicado em Salvador que produziu diversos estudos corroborando com as teorias de Lombroso baseando-se em pesquisas sobre crimes e surtos esquizofrênicos para inferiorizar a população não-branca, particularmente os negros escravizados e seus descendentes.
            Em seus textos, Nina Rodrigues argumentava que o fenótipo (características físicas como formato do maxilar, nariz e olhos, tamanho do cérebro e tom de pele) era definidor de virtudes e defeitos sociais e morais; por isso, sugeriu até a criação de códigos penais diferentes para brancos e negros.
A força de tais estudos, à luz da ciência, foi primorosa para duas questões: incentivar o aumento dos estoques raciais de europeus e seus descendentes no Brasil, o início de uma “limpeza étnica” para a remoção de um obstáculo ao progresso e a civilização da nação brasileira; e também para incrustar o ‘elemento suspeito’ na polícia técnica que até hoje tem na população negra seu alvo de investigações e encarceramento.
Nesta visão, em especial dos seres humanos, o termo ‘Raça’ deixou de estar relacionado à fé e à família para ser um instrumento de classificação de espécie tendo como fundamento a Biologia. Ou seja, nem tudo que vem da Ciência é desprovido do direcionamento do cientista. Até hoje, o departamento técnico da Polícia Civil da Bahia se chama Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.

Reunião do Colegiado de Mestres de Capoeira

            No próximo sábado, acontecerá mais uma reunião do Colegiado de Mestres de Santa Catarina. Desta vez, o município anfitrião será Jacinto Machado, oportunizando a participação dos capoeiristas da Região Sul. Confira a programação.


Próximas atividades
           
            Roda na Praça (07) e Noite do Conto (21) são as atividades extras da Associação Cultural Capoeira na Escola no mês de julho.



terça-feira, 5 de junho de 2018

Arraiá da Capoeira



A Associação Cultural Capoeira na Escola (ACCAES), em parceria com a Prefeitura Municipal de Biguaçu, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo e Lazer (SECETUL), realizará o anual “Arraiá da Capoeira”. Trata-se de uma ‘roda junina’ cujo objetivo é a confraternização entre os praticantes e a sociedade com direito a dança da quadrilha, maculelê, capoeira, recreação e comidas típicas.
            Este ano, o “Arraiá da Capoeira” será realizado no Centro de Artes Marciais (CAM), no dia 09 de junho (sábado), a partir de 15h. Traga algo para ajudar a compor a mesa e venha a caráter. A participação é livre.



sexta-feira, 1 de junho de 2018

Atualização 2018 06 1º


Calendário 2018

Segue calendário da Associação Cultural Capoeira na Escola para 2018. A roda do próximo dia 02 foi transferida para o dia 16 de junho, por conta da greve dos caminhoneiros. Já a roda junina, o Arraiá da Capoeira, está mantida para o dia 09 de junho, às 15h, no Centro de Artes Marciais (CAM).

Lei Áurea: Abolição inacabada?

O historiador Marcos Canetta acaba de lançar seu livro intitulado “Lei Áurea: Abolição inacabada?”. O professor Canetta é uma das mais importantes referências do Movimento Negro de Santa Catarina e seu livro vem em um momento importante em que se proliferam intelectuais sem fundamento, baseados nos fracos argumentos que leem na revista ‘Veja’ ou no ‘Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil’.
Interessados podem comprar o livro no site: www.agbook.com.br ou clicando na imagem da capa.