ACCAES na Folha de São
Paulo
Na última quinta-feira (24/03), o Jornal
Folha de São Paulo - uma das principais mídias de informação do Brasil –
publicou matéria sobre o Turismo de Experiência que acontece na Grande
Florianópolis e conta com a participação da Associação Cultural Capoeira na
Escola com o produto chamado “Entre Gingas e Histórias, a Capoeira: Patrimônio
Cultural da Humanidade”.
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Contramestre ou Mestrando
As terminologias na Capoeira são recentes e
cada escola adota a que lhe convém pelos mais diversos motivos. Na época de
Bimba e Pastinha, por respeito, somente os dois eram chamados de Mestre. Mas,
Bimba já dizia: “Quando eu morrer, haverá um mestre em cada esquina.”.
Comprovando ser um visionário, ele acertou na mosca.
Com relação ao título de Contramestre
(escreve-se junto, sem hífen) valem considerações sobre algumas linhagens. Na
Angola que tem o ícone Pastinha (existem outras Angolas), até hoje existem as
carteirinhas entregues nos Encontros de Capoeira Angola com as titulações de
Treinel, Contramestre e Mestre.
Já na Capoeira Regional, o título de
Contramestre não é oficial, mas existe. Segundo Mestre Boinha, eterno discípulo
de Bimba, “o contramestre é aquele que é chamado pelo Mestre para auxiliar a
mostrar uma parte da sequência ou da cintura desprezada; ou seja, pode ser
qualquer um naquele momento. Acabada a explicação, o contramestre deixa de
existir.”.
Sob a influência das Universidades, hoje muitos
dos grupos contemporâneos adotam o termo Mestrando para designar aquele que
está prestes a ser reconhecido Mestre.
Nós, da Associação Capoeira na Escola, usamos
o termo Contramestre por ter bastante a ver com o universo dos ofícios
populares: o contramestre de
obras, de pescas e embarcações, de carpintaria etc. O Contramestre vem daquele
que contrabalança as ações do Mestre; que dá uma opinião sobre as condições do
mar; o que fica na proa, enquanto o Mestre está na popa e vice-versa.