Griot
é uma expressão que designa o ‘contador de história’, o guardião da memória
responsável pela transmissão, de forma oral, de conhecimentos ancestrais dos
povos tribais africanos; sendo, assim, de muita relevância para a integração
entre jovens e adultos.
Valem
duas citações para entendermos a importância da História Oral. A primeira é a
de que a escrita tem aproximadamente quatro mil anos, enquanto a história oral,
quinze mil anos. A segunda é a fala de Amadou HampatêBá, um tradicionalista
africano, que disse que “cada velho que
morre é uma biblioteca que desaparece”.
Dessa
forma, não visando somente finais felizes e nem imposição de valores morais por
parte dos contadores, a Associação Cultural Capoeira na Escola promoverá a
“Noite do Conto”. Será no próximo sábado, às 19h, no Casarão Born, Centro de
Biguaçu.
Como
forma de garantir um bom andamento do evento, sugerem-se alguns procedimentos:
- os temas e formas de expressão são livres e vão de
comentários sobre uma música escolhida; sobre a origem de seu nome; contar uma
lenda ou história de ninar ouvida quando criança; contos africanos etc.;
- evitar histórias usuais em correios eletrônicos
(correntes; ficções virtuais e lendas urbanas); e
- programar para que a sua história não passe de sete
minutos, já que haverá várias pessoas aguardando a vez.
Segundo
Marilene Melo: “Contar e ouvir histórias
são formas de manter a socialização entre os indivíduos, compartilhando
experiências. O poder de usar a palavra nos possibilita fazer a tarefa do
Griot, ouvindo a voz do outro, aprendendo e repassando saberes, reconstruindo
histórias, recriando enredos; seremos os portadores das vozes guardadas no
passado mais recente, do momento de aculturação da história do povo africano.”.
Sinta-se
um Griot. Participe da “Noite do Conto”!