Festival
de Acrobacias “O Pulo do Gato”
No próximo sábado (12/05), das 14h às 18h,
acontecerá o Festival de acrobacias de Capoeira “O Pulo do Gato” 2018. Será no
Ginásio Municipal Nagib Sallum. A intenção desse festival é estimular o
treinamento, bem como refletir sobre a abolição da escravidão e comemorar o
aniversário de Biguaçu. O evento é aberto para crianças e adolescentes.
Serão disputadas as seguintes modalidades:
Saltos: execução de saltos acrobáticos de
livre escolha, sendo cinco (05) para masculino adulto e três (03) para as
outras categorias;
Equilíbrio: execução livre de paradas (cabeça
ou mão) num tempo mínimo de três (03) segundos e máximo de quinze (15)
segundos;
Movimento extraordinário: apresentação de
apenas um movimento de média a alta dificuldade, tendo direito a três
tentativas (não valem acrobacias básicas);
Acrobacias Básicas: sequência composta por:
ginga básica, aú, ponte, parada de cabeça, parada de mão, macaco, s dobrado,
pião de mão, pião de cabeça, canivete e meio-relógio, necessariamente nesta
ordem, com o tempo máximo de quarenta (40) segundos.
Será obrigatório o uso do uniforme oficial
rigorosamente limpo. Adornos como brincos, colares, pulseiras, e também o uso
de calçados etc., não serão permitidos.
A entrada é autorizada mediante a entrega de
brindes para festa junina (brinquedos ou comidas típicas).
Reflexão
sobre os 130 anos de “Abolição”
Por: Mestre Tuti.
Parafraseando o antropólogo Luís Eduardo
Soares, também antes, mas principalmente de 1888 para cá, a sociedade
brasileira vem construindo muros, não somente de pedras ou tijolos, são muros
segregacionistas. Ao negro, ao índio e seus descendentes sobraram as
argumentações adocicadas do não-racismo, do mito da democracia racial e do
convívio harmônico. Desde que os oprimidos não clamem por justiça e reparo de
danos morais e sociais seculares, certamente essas argumentações procederão.
Em outras palavras, continuar de cabeça baixa
e aceitar a condição dos subempregos; não ter direito ao ensino público de
qualidade; não ter e não batalhar por espaços para fomentar sua própria
cultura; aceitar os dados estatísticos que provam que a desigualdade social pende
negativamente para não-brancos, são algumas formas de ajudar a compor o
fictício imaginário brasileiro da paz étnica.