sábado, 23 de fevereiro de 2013

Coluna Fala Capoeira 2013 02 23


Libéria

            Seguindo a deixa da coluna anterior, conheçamos melhor a história da Libéria:
A história da Libéria é única entre as nações africanas, devido à sua relação com os Estados Unidos. É um dos dois únicos países da África Subsaariana, juntamente com a Etiópia, sem raízes na disputa européia pela África. Foi fundada e colonizada por escravos americanos libertos com a ajuda de uma organização privada chamada American Colonization Society, entre 1821 e1822, na premissa de que o ex-escravos americanos teriam maior liberdade e igualdade nesta nova nação.
Escravos libertos dos navios negreiros também foram enviados para a Libéria, em vez de serem repatriados para seus países de origem. Esses colonos criaram um grupo de elite da sociedade da Libéria, e, em 1847, fundaram a República da Libéria, que instituiu um governo inspirado nos Estados Unidos, nomeando Monróvia como sua capital, homenageando James Monroe, o quinto presidente dos Estados Unidos e um proeminente defensor da colonização.
Um golpe militar liderado em 1980 derrubou o então presidente William Richard Tolbert, Jr., marcando o início de um período de instabilidade que levou a duas guerras civis no país deixando centenas de milhares de mortos e devastando a economia do país. Hoje, a Libéria está em recuperação dos efeitos nefastos desse período de instabilidade.

Pesquisa sobre Cotas

Quase dois em cada três brasileiros são a favor de cotas em universidades públicas tanto para negros quanto para pobres, como também para alunos da escola pública. Pesquisa nacional do Ibope feita a pedido do jornal O Estado de S. Paulo mostra que 62% da população apoia a implementação dos três tipos de cotas.
Há variações significativas, porém. O grau de apoio muda de região para região, entre classes sociais, de acordo com a cor da pele do entrevistado e segundo o seu grau de escolaridade. Outra constatação importante da pesquisa é que há um apoio significativamente maior às cotas que levam em conta a renda (77%) e/ou a origem escolar (77%) dos pretendentes às vagas que às cotas baseadas só na cor autodeclarada do aluno (64%).
Em contraposição aos 62% que apoiam todos os tipos de cotas, 16% dos brasileiros são contra qualquer uma delas, segundo o Ibope. Os restantes não souberam responder (5%) ou são a favor de um ou dois tipos de cotas, mas contra o terceiro: 12%, por exemplo, defendem cotas para alunos pobres e para alunos da rede pública, mas são contrários às cotas para alunos negros.
A oposição às cotas para pobres, negros e alunos da rede pública tende a ser maior entre brancos, brasileiros das classes de consumo A e B, pessoas que cursaram faculdade e entre os moradores das capitais e das Regiões Norte e Centro-Oeste.
Já o apoio à política de cotas nas universidades públicas é proporcionalmente mais alto entre quem estudou da 5ª à 8ª série, entre os emergentes da classe C, entre nordestinos e moradores de cidades do interior do país.
Essa diferença de perfil entre os contrários e os a favor sugere que aqueles que estão em busca de ascensão social e econômica tendem a ter mais simpatia por políticas que aumentem suas chances de chegar à faculdade, enquanto aqueles que já chegaram lá — a maioria sem ter se beneficiado desses mecanismos — têm maior probabilidade de serem contrários a esse favorecimento.
Fonte: O Estado de S. Paulo

Roda sábado

            Neste sábado, com a ajuda de São Pedro, acontecerá a tão aguardada Roda da Madrugada. Lembrando que será realizada de sábado para domingo, com início à meia-noite, na Praia do Matadeiro, Sul da ilha.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Coluna Fala Capoeira 2013 02 13



Escola de Bambu

            O sofrido continente africano, berço da humanidade, lamentavelmente é palco de mais uma guerra. Islamitas tentam dominar o país e forças militares da França deslocaram-se para impedir o avanço das tropas de rebeldes. Resultado: mais milhares de vidas perdidas.
            Já da Libéria, vem um exemplo da boa vontade tão necessária para a chegada da paz no continente africano. Três brasileiros - um jornalista, um arquiteto e um construtor - partiram para Monróvia (Capital) com o objetivo de reestruturar uma escola construída em 2009 tendo como matéria prima o bambu, abundante na região. Os bambuzeiros, alcunha dos três amigos e demais voluntários que aderiram a ideia, iniciaram uma campanha de venda de camisetas e DVDs, além de rifas e palestras, em um site com o objetivo de arrecadar fundos para a nova escola.
            A Escola de Bambu atende cerca de trezentas crianças e foi uma ideia do líder liberiano e fundador da ONG “Movimento dos Jovens Unidos contra a Violência”, Sabato Neufville (35 anos). Visite: www.escoladebambu.com

Reunião sobre Capoeira como profissão
           
Ocorreu, no dia 02/02, em Florianópolis, mais uma reunião de capoeiristas catarinenses. Tal encontro é um desdobramento das ações articuladas entre Ministério da Cultura, Fundação Palmares, Iphan e lideranças da Capoeira. O intuito é discutir sobre algumas linhas de intervenção do poder público federal, tais como: valorização dos Mestres veteranos e a regulamentação da Capoeira como profissão. Para esse último item, já existe um Projeto de Lei Federal (PL 5222) tramitando desde 2009 e que carece de discussão e esclarecimentos. Por isso, no dia 02/03, em Itajaí, acontecerá o próximo encontro para aprofundamento do diálogo.

Carnaval na Grande Florianópolis

            Enquanto os carnavais da Grande Florianópolis estiverem atrelados apenas ao poder público, não há como visualizar desenvolvimento. No Rio de Janeiro, o desfile na Marquês da Sapucaí (Sambódromo) é uma ação privada promovida pela Liga Independente das Escolas de Samba, LIESA, que vende: ingressos; direitos de transmissão nacional e internacional; cotas de patrocínio; espaços de mídia etc. Ainda, cada escola de samba vende suas fantasias, muitas a preços exorbitantes. Logo, o Carnaval lá é gerido por uma “empresa” (LIESA) que faz com que os desfiles sejam o maior espetáculo multiartístico da Terra.
            Por aqui, trocam-se os prefeitos e a desculpa para não realizar os desfiles de Escolas e Blocos é a mesma de sempre: herança de muitas dívidas do antecessor. Somente alguns abnegados secretários de cultura é que conseguem romper essa sina através do que deveria ser feito pelas próprias entidades carnavalescas ao exemplo do Rio de Janeiro, a busca pela intervenção da iniciativa privada.
           
Roda da Madrugada adiada

            Devido à chuva, a Roda da Madrugada foi adiada para o dia 23 de fevereiro. O local permanece o mesmo, Praia do Matadeiro.

Dualidade

            Um sorriso: nasceu Maria Luiza.
            Uma lágrima: faleceu Francisco Alípio Fritz Bueno.
A Coluna de hoje é dedicada à dualidade de nossa existência.