Exposição
de fotos da COMCAP
Fantástica
a iniciativa de Maristela Giassi em fotografar as mulheres que
trabalham na Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap), responsável
pela limpeza da cidade. A exposição está instalada na Biblioteca
Pública Professor Barreiros Filho, no Estreito, e vai até o dia 16
de abril, das 8h às 22h.
A
maior parte dos garis do Brasil é formada por negros, o que aumenta
a perversa invisibilidade social sofrida por esses profissionais.
Isso não é de hoje, pois desde o tempo do Império já eram
relegados ao negro os mais insalubres ofícios. Naquela época, a
limpeza da cidade era feita pelos cativos que levavam baldes de
dejetos humanos para despejar nas fossas. Frequentemente, a urina dos
senhores escorria dos baldes e tingia de listras amarelas o corpo
negro, o que gerou o pejorativismo da sociedade eurodescendente em
chamá-los de “tigres”.
Num
caso contemporâneo de menosprezo aos negros e à profissão de gari,
o jornalista Bóris Casoy chacotou dois garis paulistas que desejavam
a todos os brasileiros um feliz ano novo. Por conta de um microfone
aberto, foram ouvidas as palavras do demagogo jornalista: “Que
m…, dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras.
Dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho”.
Por
tudo o que foi dito aqui, a exposição que mexe positivamente com a
auto-estima das mulheres da Comcap torna-se imperdível.
Roda
No próximo sábado, haverá roda do Projeto Capoeira na Escola na Praça Central de Biguaçu, às 16h.
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