Reinício
das atividades do Projeto Capoeira na Escola
Por conta da Lei Federal 13019/2014,
que estabelece as formas de parcerias entre a administração pública e as
organizações da sociedade civil, e do Decreto nº 79, que regulamenta no
município a Lei citada anteriormente, sancionado em 2017, houve atraso na
formalização para autorização de reinício das atividades. Porém, essa situação
está resolvida e em breve as aulas voltarão a pleno funcionamento.
Viviane Raposa homenageada
Assim que a
APAE foi instalada no município de Biguaçu, Viviane passou a frequentá-la, e lá
se vão 25 anos. No ano de 2001, foram proporcionadas à APAE aulas de Capoeira
para as pessoas com deficiência, e é a própria Viviane quem diz: “Eu não sabia gingar, por isso não queria fazer aula de
Capoeira; mas, o professor ensinou, então, estou até agora, desde 17 de março
de 2001.”.
Em 2017, no processo
de graduação do Projeto Capoeira na Escola, a instrutora Raposa, como é
conhecida a Viviane, recebeu a corda amarela, correspondente à oitava
graduação. Sua meta é chegar à mestra de capoeira, e ela conta nos dedos as
quatro cordas que faltam nessa caminhada.
Além da Capoeira, Viviane é uma excelente
competidora de Atletismo, ao ponto de participar e voltar medalhista de uma competição
internacional (Special Olympics) na China. Nos Jogos Abertos
Paradesportivos de Santa Catarina (Parajasc), Viviane já representou
honrosamente Biguaçu com dezenas de medalhas, e no último dia 11 de março, na
etapa regional Rio Grande do Sul do circuito Loterias Caixa, Viviane conquistou
medalha de bronze em três categorias: disco, peso e dardo.
Provando que em cada indivíduo as limitações e
potencialidades frequentemente coexistem, a história de Viviane evidencia a necessidade de se olhar para o ser humano que ali está e
que precisa de sua intervenção, tratando-o tão somente como ser humano, não
ignorando os aspectos primários de sua deficiência e sabendo que o
desenvolvimento é o entrelace de fatores biológicos e sociais.
Por fim, a diversidade é a riqueza do
mundo, mas a luta por igualdade de direitos deve ser a bandeira dos que querem
um mundo melhor. Em cada roda de Capoeira, em cada competição de atletismo ou
apresentação da Escola Especial Leandro de Azevedo, essa bandeira é carregada
magistralmente pela lutadora Viviane Maria Barbosa.
Por: Mestre Tuti e Graduada Lelê.
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