Fisicamente, eu o conheci em 2001.
Antes disso, nos livros e revistas de Capoeira. É clássica a foto da equipe de
Mestre Pastinha – a qual Gildo Alfinete fazia parte - rumo a Dakar, ao Festival Internacional de
Artes Negras. Todo capoeira conhece essa foto. Gildo contava com muito orgulho
sobre a amizade que fez com Paulinho da Viola, artista que também foi nessa
viagem à África representando o Samba.
O Samba... Gildo gostava muito. O fato
de eu tocar cavaco e banjo concretizou nossa amizade. Por várias vezes, tocamos
até o sol raiar: na inauguração do Forte da Capoeira; em um de meus
aniversários; na companhia dos Mestres Nenel e Boinha no Nordeste de Amaralina...
quanta lembrança boa!
Mestre Gildo abriu as portas da Bahia
para mim e para muitos outros. Era um anfitrião inigualável. Por intermédio
dele, conheci tanta gente e estabeleci tantas amizades... Ele esteve presente
em minha formatura de professor (2002) e no meu reconhecimento de Mestre
(2008), mas o que mais marcou a sua presença por aqui foi a sua vinda em 2004,
juntamente com os Mestres João Pequeno, Vuê, Neco e Ciro. Visitamos dezessete
escolas, e em todas elas o Mestre era um sorriso só, fazia mágicas, cantava,
contava piadas.. era uma eterna criança, no sentido de ser um porta-voz da
felicidade.
O 12 de Outubro já era uma data nobre,
e é agora ainda mais por ser a data de passagem do grande amigo e conselheiro do
Projeto Capoeira na Escola, Mestre Gildo Alfinete.
Quem quiser sentir a energia do Mestre,
vá à Piedade, Bahia. Ela sempre estará por lá com muita força.
Axé.
Mestre Ciro discursa. Sentados: Mestres João Pequeno, Gildo Alfinete e Tuti. (ABCA) |
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