Em 1918, Mestre
Bimba começou a mostrar os primeiros traços de sua obra: a Capoeira Regional, considerada
pronta por ele somente em 1928. Até então, a Capoeira era ensinada nas ruas,
nos guetos, nos portos, nas festas de largo em que se aprendia olhando. Isso
tudo em meio à proibição da prática prevista no código penal.
Já na época da
ditadura oficial mais recente, em 1968, Mestre Bimba comemorava as cinco décadas
de sua criação. Naquele momento, já havia testado e comprovado a sua
metodologia em centenas de alunos; já havia lutado nos ringues para mostrar a
eficácia de sua técnica; um disco com toques e cantigas já havia sido gravado
por ele; Presidente do Brasil e Governador da Bahia já haviam assistido à Turma
de Bimba se apresentar, e, graças a essas apresentações, a Capoeira foi
descriminalizada. Portanto, de fato era necessário e justo comemorar o
cinquentenário da Regional.
Por conta de Mestre
Bimba, a Capoeira ganhou o mundo e se tornou Patrimônio Cultural da Humanidade.
Hoje, são mais de 150 países que possuem aulas, treinos e rodas das mais
diferentes Capoeiras; no Brasil, em qualquer cidadezinha, de qualquer estado,
há alguém jogando ao som do berimbau; mas tudo isso só é possível pela saída da
Capoeira do código penal conquistada por Manoel dos Reis Machado, o Bimba.
Logo, nada mais apropriado que se comemore o centenário da Capoeira Regional, a
obra fantástica de Mestre Bimba.
De forma extensiva
às comemorações já ocorridas em Salvador, a Associação Cultural Capoeira na
Escola propõe o encontro “Imersão em Capoeira Regional”, a ser realizado nos
dias 26 e 27 de julho, em Florianópolis (SC), no SESC da Prainha, e no Espaço
Cultural Aruandê, na Armação do Pântano do Sul.
Programação e inscrições
no link: http://bit.ly/capoeiraregional
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