terça-feira, 13 de março de 2012

Coluna Fala Capoeira 2012 03 14

Direito à consulta

            Está acontecendo em Brasília o encontro para a determinação das diretrizes para aplicação no Brasil da Convenção 169, elaborada pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Essa convenção trata da atribuição do direito de serem consultadas as tribos indígenas e aldeias quilombolas e de remanescentes quando da elaboração de políticas públicas que as tenham como meta.
Ante tarde do que nunca, a partir de agora, são reconhecidas as aspirações das comunidades tradicionais em assumir o controle de suas próprias instituições, formas de vida e desenvolvimento, levando em consideração seu histórico e ancestralidade.

Infelizmente, Hitler vive

            Sob a alegação de que a Alemanha estava tomada por Judeus que “roubavam” seus empregos e moradias, e que impediam o crescimento do país, Hitler, com o seu poder de persuasão, lavou o cérebro dos soldados nazistas e deu início ao genocídio como solução ao problema dos imigrantes.
            Hoje, a Europa vive um momento de muita instabilidade econômica – vide a beira da falência da Grécia – e a União Europeia (UE) fez renascer o líder xenofóbico através de uma propaganda televisiva. Nela, uma mulher branca vestida como a protagonista do filme “Kill Bill”, com um uniforme amarelo e azul (as cores da UE), caminha num galpão quando é ameaçada por lutadores de Kung fu, de Capoeira e de Calaripayattu, arte macial indiana.
A protagonista então se multiplica em várias, formando um círculo ao redor dos agressores (representantes de países componentes do BRICs) que desistem da luta. Após a debandada dos adversários, ela e seus clones transformam-se no símbolo da UE. “The more we are, the stronger we are” (algo como “quanto mais nós somos, mais fortes seremos”), diz o lema da campanha.
Após muita polêmica, a propaganda foi tirada do ar e a União Europeia, como um João-sem-braço, pediu desculpas e lamentou a interpretação “errada”.

Atualização monetária

            Por qual quantia era vendido um escravo no Brasil?
Partindo dos documentos históricos e da literatura encontrados sobre a Escravidão chega-se até ao valor de 240 mil réis. Cada quatro mil réis correspondiam a uma libra esterlina, ou seja, 60 libras esterlinas. Fazendo a atualização, essa libra esterlina da escravidão valeria hoje 56 vezes mais. Assim, 56 vezes 60 igual a 3360 libras atuais. Na cotação de hoje, a libra esterlina tem o valor médio de R$ 3,00. Para finalizar, 3360 vezes R$ 3,00 é igual a R$ 10.080,00.
Na África, 40% dos negros morriam entre o ponto em que eram capturados e o litoral, onde eram vendidos aos traficantes. Nos navios negreiros, devido às péssimas condições de saúde e alimentação, cerca de 10 a 15% morriam na travessia que durava cerca de dois meses sobre o oceano. Como chegaram ao Brasil cerca de cinco milhões de escravos, pelos dados anteriores, percebe-se que morreram mais cinco milhões nesse nefasto período de nossa história.
Para pesquisar mais é indicado o sítio de atualização monetária www.globalfinancialdata.com, indicado por Laurentino Gomes no livro 1808.

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