terça-feira, 6 de março de 2012

Coluna Fala Capoeira 2012 03 07

Aniversário I

No início da década de 1980, existiu um trabalho de Capoeira em Biguaçu. Foi desenvolvido pelo, hoje, Mestre Pinóquio. As aulas aconteceram na S.R 17 de Maio e na sede do Biguaçu Atlético Clube (BAC) durante aproximadamente três anos. Após esse período, a Capoeira no município ficou adormecida por mais de 10 anos. Em onze de março de 1996, o Projeto Capoeira na Escola inicia as suas primeiras aulas na S.R 17 de Maio, e de lá para cá são dezesseis anos ininterruptos de muita capoeiragem em Biguaçu.

Aniversário II

            De acordo com os registros da Associação Cultural Capoeira na Escola, cerca de seis mil pessoas já experimentaram a prática de Capoeira nesses dezesseis anos, o que se torna algo muito notável num município com 60 mil habitantes – 10% da população.
            O número de pessoas descrito acima só foi alcançado pelo uso da didática constantemente atualizada; pelos intercâmbios com grandes Mestres da Velha-Guarda; pela motivação dos educadores; mas principalmente pelo apoio do poder público. Devido à neutralidade da diretoria da Associação é que, mesmo mudando as gestões, o Projeto Capoeira na Escola perpetua o lema: "Entre o berimbau e o caderno, a Capoeira formando cidadãos".

Aniversário III

Para comemorar o aniversário de dezesseis anos, o Projeto Capoeira na Escola convida a comunidade em geral para o encontro na Praça Central de Biguaçu no próximo sábado (10/03), às 10h, com roda de Capoeira, Maculelê, Samba-de-roda e confraternização.
Além dessa atividade, no mês de março será realizada a roda "Eu já joguei Capoeira...", um reencontro de ex-alunos com o trabalho atual. Aguarde informações.

História: O Mercado de Valongo

            O maior entreposto negreiro das Américas sumiu do mapa sem deixar vestígios. Sua localização é ignorada nos mapas de ruas e nos guias turísticos do Rio de Janeiro. Situada entre os bairros da Gamboa, do Santo Cristo e da Saúde, a antiga Rua do Valongo até mudou de nome: chama-se Rua do Camerino. Ao final dela, em direção à Praia Mauá, uma ladeira chamada Morro do Valongo, sem nenhuma placa, monumento ou explicação, é a única referência geográfica que restou. É como se a cidade, de alguma forma, tentasse esquecer o velho mercado negreiro e a mancha que ele representa na História do Brasil. Esforço inútil, porque bem ali perto fica o Sambódromo, onde, em todo o Carnaval, ao menos uma escola insiste em lembrar que a escravidão faz parte da memória dos cariocas e de todos os brasileiros.

Fonte: 1808 – Laurentino Gomes

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