Quando recebi a imagem, lembrei-me de boa parte da sua trajetória. Ainda adolescente, o menino Júlio César foi atendido pelo Projeto Capoeira na Escola no Bairro Prado (Biguaçu). Entre aulas e treinos, lá ia ele, com sua bicicleta barra-forte vermelha, o tubo de PVC com várias unidades espetadas da guloseima que lhe rendeu o apelido.
Moradora do Morro do Ivo, a família grande e carente empenhava-se na produção e venda do doce aliada à entrega de brindes (máscaras e pequenos brinquedos) como forma de aumentar as possibilidades de melhorar a qualidade de vida.
Por influência do projeto e pensando justamente em melhorar suas condições sociais e econômicas, Júlio se dedicou aos estudos; terminou o ensino médio e prestou concurso público para gari, digna profissão que exerce paralelamente à Capoeira e que proporciona sustento ao lar e apoio aos filhos e neta.
O desafio de completar uma Faculdade foi vencido e mesmo que durante o curso tenham acontecido algumas perdas de entes queridos, é certo que agora essa vitória esteja sendo aplaudida até no além.
Professor Algodão-Doce, você é mais um que representa a essência do Projeto Capoeira na Escola. Parabéns!
E é com essa imagem que a Associação
Cultural Capoeira na Escola deseja a todos um ano de 2021 com muita saúde e
segurança para que as rodas voltem o quanto antes.
Axé!
Que incrível! O Algodão é muito merecedor de todas as suas conquistas. Um exemplo de batalha.
ResponderExcluir