quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Coluna Fala Capoeira 2012 02 22

Grupo de Acesso I

Em 2009, a convite do professor Marcos Canetta, então Superintendente, tive a oportunidade de fazer parte da gestão da Fundação Municipal de Cultura de São José. Entre as diversas ações realizadas estava a revitalização do desacreditado “Carnaval Zé Folia”: melhoramos a infraestrutura de todos os eventos; para o desfile dos Blocos trouxemos jurados neutros, colocamos o cronômetro digital na avenida, em debates com os presidentes refizemos o regulamento, e com isso, demos autoestima aos carnavalescos da cidade; colocamos a eleição da Rainha do Carnaval dentro do Shopping; pela primeira vez no município foi realizada a eleição da Rainha Gay; o Bloco da Prevenção (com samba-enredo de conscientização e com distribuição de preservativos) foi um sucesso; os idosos foram contemplados com Baile e escolha da Rainha da 3ª Idade; e tudo isso com registro zero de ocorrências policiais.
Mas o que me motivou a escrever foi o tal Grupo de Acesso do Carnaval da Grande Florianópolis. Escrevi o primeiro parágrafo para ilustrar o tanto que se fez com uma quantia pífia, extraída com empenho de Hércules após provarmos que não era gasto, mas, sim, investimento no lazer, turismo e geração direta e indireta de renda ao comércio e às pessoas da comunidade.
Já para participar do Grupo de Acesso do Carnaval da Grande Florianópolis em 2012, grifo: ano de eleições, foi necessário o investimento de duzentos e cinquenta mil reais da Prefeitura somados aos cinquenta mil de apoio do Governo do Estado e ainda os possíveis patrocinadores. Ou seja, no mínimo trezentos mil reais para que uma Escola de Samba representasse o município em um Grupo de Acesso que, pasmem, não deu acesso a nada, pois em acordo com a Liga das Escolas de Samba só haverá acesso para o vencedor de 2013 para desfilar em 2014.
Vale lembrar duas coisas: em 2009, os Blocos de São José receberam apenas sete mil reais cada para participar do desfile; a outra é que pelas trapalhadas da politicagem, o professor Marcos Canetta - eleito informalmente pelos demais secretários e formalmente pela Secretaria de Comunicação e Imprensa como o destaque do início da gestão do atual prefeito - foi logo exonerado.

Grupo de Acesso II

            Já em Biguaçu, a sensatez reinou: o Carnaval local está se fortalecendo internamente e o futuro a Deus pertence. Nada de “colocar azeitona na empadinha (carnaval) dos outros”.

É preciso: humildade e pé no chão

            Por ora, projetar o Carnaval da Grande Florianópolis com base no do Rio de Janeiro é utópico. Lá, desfilam escolas dos municípios de Teresópolis, Nilópolis, Niterói etc.,  mas tudo é feito de forma privada. A Liga Independente das Escolas de Samba (LIESA) do Rio de Janeiro é uma grande empresa e que funciona muito bem. O nível de profissionalismo é digno do maior espetáculo da face da Terra. Tive o prazer de conhecer a sede em 2009.
Enquanto por aqui, o cronômetro da “Nêgo Quirido” sumiu...

Capoeira no Samba

            A Capoeira esteve presente nas Escolas de Samba do Rio de Janeiro: Portela, Imperatriz Leopoldinense e Unidos de Vila Isabel. De arrepiar!

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