terça-feira, 10 de abril de 2012

Coluna Fala Capoeira 2012 04 11

Realengo, um ano depois
           
Eu deduzo que é isso o que ele quer: que falemos o seu nome, para que seja lembrado e para que a audiência de seu programa na TV seja alta. Como escrevi há pouco tempo sobre o seu conservadorismo e ideias retrógradas (resolver tudo no cinto; exaltar que no tempo da ditadura é que era bom; que pobre não deveria ter carro e etc.), dessa vez não vou nem citar o seu nome, pois ele não merece.
Na semana passada, a estupidez originada nesse ser arcaico descrito acima foi afirmar que “Capoeira e ficar batendo tambor não levam a lugar algum”. Lembrei-me de alguns dados que eu poderia escrever à emissora para esbravejar a minha insatisfação e contestar o argumento débil solicitando providências: são mais de cento e cinquenta países que praticam Capoeira; grande parte dos turistas que visitam Salvador (Bahia) vem motivada pela busca de aprofundamento em Capoeira; após 16 anos de aulas em Biguaçu, eu poderia indicar dezenas de profissionais (Engenheiros, Advogados, Médicos, Profissionais de Educação Física, Modelos, Filósofos, Administradores, etc.), bem como, os familiares e próprios alunos com deficiência para darem os seus relatos em defesa de nossa arte, mas fiquei remoendo-me um pouco mais antes de escrever.
Fiz bem! O maior testemunho da importância da Capoeira veio no programa “Fantástico” na reportagem que descrevia sobre como está a comunidade um ano depois que um psicopata invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, bairro da cidade do Rio de Janeiro. As doze crianças mortas darão nomes a creches; as famílias serão indenizadas pela prefeitura; a escola foi remodelada de acordo com as solicitações dos próprios alunos e dos familiares, tendo inclusive pinturas artísticas das crianças nas paredes; e, apesar de toda a dificuldade, a comunidade sente a necessidade de fazer ressurgir a alegria tão importante para que a vida siga. Justo nesta fala aparece na tela a imagem de alguns adolescentes da escola “batendo tambor, praticando o Maculelê e jogando Capoeira”, felizes da vida!
Pronto: a associação da Capoeira com o ressurgimento da alegria – tal qual um Fênix, o lendário pássaro africano que renasce das cinzas – ocorrida em Realengo é uma ‘rasteira’ no atrasado “jornalista” e seus adeptos.

Berimbau Hero

            O sítio da Associação Capoeira na Escola agora disponibiliza o jogo “Berimbau Hero”. Entre no endereço: www.capoeiranaescola.org.br e acesse o jogo virtual na aba à direita da tela. Será diversão garantida.

Próximas atividades

·         Roda de Capoeira Regional, às 10h, no Casarão Born. Centro de Biguaçu; e
·         Roda e Aniversário da Contramestra Rosa, às 16h, na Avenida Beiramar de São José.

Quadra (Cantiga de Capoeira)

"Oração de braço forte,
oração de São Mateus;
Quando amanheço zangado
quem pode comigo é Deus, camará
Água de beber,
Água de beber, camará"

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