quarta-feira, 16 de maio de 2012

Coluna Fala Capoeira 2012 05 16

Festival: O Pulo do Gato - 2012

No próximo sábado (dia 19/05), a partir das 09h, no Ginásio Municipal Nagib Sallum, acontecerá o Festival “O Pulo do Gato” – Acrobacias de Capoeira. Seguem abaixo as definições das diferentes modalidades a serem disputadas:
a)    Saltos: execução de saltos acrobáticos de livre escolha, sendo cinco (05) para masculino adulto e três (03) para as outras categorias;
b)    Equilíbrio: execução livre de paradas de cabeça ou de mão num tempo mínimo de três (03) segundos e máximo de dez (10) segundos;
c)    Movimento extraordinário: apresentação de apenas um movimento de média a alta dificuldade, tendo direito a três tentativas (não valem acrobacias básicas e saltos);
d)    Acrobacias Básicas: sequência composta necessariamente na ordem: aú, ponte, parada de cabeça, parada de mão, macaco, s dobrado, pião de mão, pião de cabeça, canivete e meio-relógio, com o tempo máximo de quarenta (40) segundos.
            A entrada é a doação de 01 kg de alimento não perecível.

Dois é demais

            Aquele que já falou mal dos índios, dos percussionistas e capoeiristas, dos negros e dos pobres, indigno até de que pronunciem o seu nome, tem um novo seguidor no JB Foco. Tal qual seu mestre, com linguagem ofensiva, achando que violência é solução para os problemas sociais (citou o caso dos surfistas de ônibus flagrados após o primeiro clássico dizendo que aqueles vandalos deveriam pintar o “rabo” de vermelho e deveriam levar uma “boa surra”), tenta ditar lições de moral até para a Caroline Dieckmann, dizendo: “Carolina, pede para a Playboy reembolsar os danos morais..”, esquecendo ele que existe muita diferença entre contrato formalizado e invasão de privacidade.
            Mas o pior de tudo é quando esse “herdeiro do ditador” divaga sobre o que nitidamente não domina: “o preconceito racial é maior por parte dos próprios negros. Vejam o caso de cantores e jogadores de futebol negros. O primeiro sonho de consumo deles é ter uma mulher branca ao seu lado. Não estou falando que sou contra, não... Mas não valorizam a própria raça. E os demais só se preocupam com cotas de universidades”.
Infelizmente, tive de transcrever essa nojeirada para poder contextualizar àqueles que não têm acesso ao jornal. Com que base esse ser pode afirmar que o preconceito racial é maior por parte dos próprios negros? De qual estudo extraiu isso? Outra: O enquadramento dos negros nos estereótipos de jogador e cantor é típico de gente racista. Quando ele disserta sobre as relações pluriétnicas, esquece-se de que a mulher branca está com o seu par porque quer, e não porque ela também não valoriza a sua “raça”. Ou para ela valorizar a eurodescendência só poderá namorar homens brancos? Como se não bastasse, diz que todos os negros que não são jogadores e cantores não têm mais nada a se preocupar além da luta a favor das cotas.
É muito triste, mas fica o recado ao “colunista”: Meça suas palavras, pois o Movimento Negro está de olho.

Da barata ao kong

O que se pode esperar de um cantor que compõem: “Toda vez que chego em casa, a barata da vizinha tá na minha cama...” e que chora ao cantar para o desastrado e encrenqueiro Presidente dos Eua, George Bush?
A resposta ideal seria nada, mas não, ele consegue fazer pior reforçando os estereótipos relativos ao negro e ainda afirmando: “Existem coisas mais interessantes e mais importantes para gente se preocupar.”.

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