Quando eu me chamar Saudade
Roberto Carlos no Rio de Janeiro e o Maestro João Carlos Martins em São Paulo: até que enfim, o Brasil começa a homenagear seus destaques positivos ainda em vida.
Sobre o Maestro, sua vida pela música é fascinante; seu exemplo de superação aos obstáculos; seu trabalho social na Fundação Bachiana – que atende crianças e jovens em situação de risco social em São Paulo – fazem qualquer um se emocionar. Já o cantor e compositor Roberto Carlos encanta gerações mundo a fora e mereceu o enredo. Obviamente, tendo a Globo, canal que produz o especial de fim de ano com as mesmas músicas durante anos, como uma das grandes patrocinadoras do Carnaval do Rio de Janeiro, seria garantida uma ‘atenção especial’ dos jurados.
Mantendo a regra de homenagens pós-morte, outro grande destaque foi Nelson Cavaquinho, sambista da melhor qualidade que já previra homenagens depois de sua partida (segue letra abaixo). Pelo samba-enredo da Mangueira; pela obra de Nelson Cavaquinho; pela comissão de frente inovadora com os malandros realizando saltos de “Le Parkour” na favela cenário, é que considero - ciente de minha utopia - que um empate com a Beija-flor tornaria ainda mais justa a valorização dos ídolos brasileiros.
Sei que amanhã quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro, um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora
‘Me dê’ as flores em vida
O carinho, a mão amiga
Para aliviar meus ‘ais’
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais.
Música: Quando eu me chamar Saudade
Autor: Nelson Cavaquinho
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